quarta-feira, 15 de junho de 2011

ENSINAR E APRENDER

ResumoO presente trabalho apresenta um panorama entre as ações de ensinar e aprender, bem como os comportamentos que podem trazer benefícios para estas práticas. Trata-se de uma exposição sobre os envolvidos no processo de educação e o contexto atual, expondo a importância das intervenções no âmbito escolar, suas implicações e benefícios. Buscando esclarecer o crescente fracasso escolar que impõe uma mudança na postura dos envolvidos na escolarização.

Por meio de busca em base de dados, pôde-se verificar uma vasta literatura que aborda as questões de ensino e aprendizagem além de, encontramos diferentes definições, envolvendo ideias como: condições para adquirir um novo conceito; ou ainda fatores que, se presentes, aumentam a probabilidade do sujeito desenvolver uma ou outra área do conhecimento. Neste sentido, destacam-se os comportamentos que podem beneficiar o ensino, a aprendizagem ou o desempenho cognitivo do indivíduo, podendo incluir atributos biológicos e ambientais do sujeito e/ou da família, bem como fatores da comunidade.
Segundo Rohde, Dorneles e Costa (2006), na realidade brasileira não é função da escola promover programas específicos de auxílio aos estudantes com dificuldades de aprendizagem.  Contudo, tal intervenção é possível, por exemplo, considerando um conjunto de fatores pedagógicos que podem influir em diferentes segmentos envolvidos na educação, tais como: professores, métodos, recursos e sistema.
No cenário atual a democratização do ensino aparece enquanto um importante fator na ampliação de oportunidades educacionais. São incluídos entre as modalidades de sucesso escolar: a comunicação entre pais e profissionais envolvidos na educação – que abrange o suporte de profissionais clínicos aos professores quando for o caso; suporte teórico – que é essencial para o entendimento do desenvolvimento; e prático – auxiliando na resolução de conflitos que vão ocorrendo. Tal suporte deve ser solicitado pelos professores, no caso de não haverem demais profissionais envolvidos.
Rohde (2004) ressalta que intervenções no âmbito escolar são importantes, além de destacar, a  necessidade de estratégias destinadas aos professores para que possam auxiliar o aluno com questões que o levem a apresentar dificuldades de aprendizagem. Em vista disto, o autor entende que algumas vezes se faz necessário um suporte psicopedagógico, pois este pode, inclusive, atuar na organização e planejamento das questões escolares.
Ao falar sobre aprendizado, Pozo (2004) destaca que vivemos em uma sociedade da aprendizagem, e que, aprender constitui-se uma exigência social crescente; que nos conduz ao paradoxo de cada vez se aprender mais e, cada vez se fracassar mais na tentativa de aprender. Em relação à sociedade, existem cada vez mais crianças com dificuldades de aprender o que exigem delas, o que, em termos educacionais, costuma ser tratado com um fracasso escolar.
Nestas circunstancias, entende-se que fatores vinculados ao ambiente no qual o individuo faz parte pode corroborar para resultados mal-adaptativos. No entanto, a demanda do fracasso escolar vinculado ao social, impõe que se aprenda de outra maneira no âmbito de uma nova cultura de aprendizagem. Os fatores essenciais da educação, para atender as exigências dessa sociedade seriam a capacitação de manuseio e, aquisição direcionada do conhecimento. Habilidades sociais, sucesso na vida escolar, auto-conceito positivo, competência intelectual, práticas educativas parentais saudáveis e suporte social são exemplos do que uma nova cultura da aprendizagem pode promover.
Considerando diferentes formas de aprender, é preciso buscar a capacitação de novas ideias para ensinar, é preciso perceber que a diversidade no âmbito da aprendizagem, exige não só um novo perfil de aluno como também de professores e demais profissionais que reflitam a partir de suas concepções de atividades, autonomia, orientação social positiva, auto-estima, preferências, etc.; características que contribuem para coesão de pensamento, afetividade e ausência de discórdia e negligência no percurso da educação além de fontes de apoio individual ou institucional disponíveis para a criança, educadores e a família - relacionamento do aluno com pares e pessoas de fora do contexto familiar, suporte cultural, atendimento individual como atendimento médico, psicopedagógico, psicológico, etc.
De acordo com Canário (2006), a escola carrega consigo ter sido concebida para ensinar grupos homogêneos de alunos o que a priva diante da crescente heterogeneidade dos públicos escolares. A escola, no sentido de coletivo, precisa aprender a se basear no contexto local, partindo das experiências, e fazendo a interação de todas as diferentes formas de aprendizagem, fazendo-se um local de trocas nos papéis de ensinar e aprender.
Percebe-se a importância de discutir as diferentes formas de aprender e as ferramentas utilizadas para este ensino. Neste sentido, faz-se necessário que os profissionais que atuam junto à escolarização tomem conhecimento de cada um desses fatores, a fim de aguçar ações que levem ao benefício da educação formal. Contudo, cada profissional tem a responsabilidade de intervir, valorizando a aprendizagem, ou incluindo recursos informais presentes na vida das pessoas, promovendo, assim, a habilidade dos indivíduos de resolução de problemas e de fomentar seu desempenho cognitivo, além de aumentar a auto-estima dos mesmos.
Referências
Canário, R.(2006) O prazer de aprender. Porto Alegre, Brasil: Pátio. Revista Pedagógica, v.X
Pozo, L. I. (2004).A  sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informação em conhecimento. Pátio. Revista Pedagógica, v. VIII
ROHDE, L. A. ; DORNELES, B. V. ; COSTA, A.(2006) . Intervenções escolares no transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. In: Rotta, N. T. ;Ohlweiler,
Rohde, L.A.; Halpern, R.Transtornos de défict de atenção/hiperatividade: atualização. Jornal de Pediatria, v.80, n2, 2004. Supl


Psicopedagoga, Esp. em Transtornos do Desenvolvimento, Bacharel em Psicopedagogia Clínica e Institucional (Psicopedagoga)- UNILASALLE- Canoas, Especialista em Transtornos do Desenvolvimento – UFRGS

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